Enfrentando obstáculos com a volta do imposto de importação, os carros elétricos no Brasil em 2024 se deparam com um cenário desafiador. Embora tenham registrado um crescimento expressivo nas vendas em 2023, a imposição de taxas adicionais pode impactar negativamente o mercado. Neste artigo, exploraremos os principais desafios enfrentados pelos carros elétricos no Brasil em 2024, a volta do imposto de importação e como as fabricantes terão que se adaptar a essa nova realidade.
Em 2023, o mercado brasileiro de carros elétricos alcançou recorde, vendendo 94 mil unidades, quase o dobro de 2022. Aumento atribuído à confiança crescente e modelos mais acessíveis. Apesar do crescimento, elétricos ainda representam apenas 5% das vendas totais de veículos em 2023.
Um dos principais desafios para os carros elétricos no Brasil em 2024 é a volta do imposto de importação. Em novembro de 2023, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou a reintrodução do imposto de importação para veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Essa medida tem como objetivo desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país.
A tributaçãoserá de 35% para veículos eletrificados, progressiva a partir de janeiro de 2024: híbridos sobem de 12% (jan/24) para 35% (jul/26); híbridos plug-in, de 12% (jan/24) para 35% (jul/26); elétricos, de 10% (jan/24) para 35% (jul/26)
A volta do imposto de importação em 2024 pode impactar vendas de carros elétricos. Aumento de preços pode levar consumidores a adiarem ou desistirem da compra, desafiando fabricantes que tiveram crescimento expressivo em 2023.
Fabricantes devem reduzir preços de carros elétricos para acessibilidade no Brasil. Aumentar produção local é solução, diminuindo custos de importação e compensando impostos. Governo oferece cotas para importação sem alíquota, impulsionando o mercado.
Atualmente, nenhuma fabricante instalada no Brasil produz veículos elétricos. No entanto, isso está prestes a mudar. A chinesa BYD adquiriu uma fábrica da Ford em Camaçari (Bahia) e planeja começar a produzir dois modelos elétricos, o Dolphin e o Yuan Plus, e um modelo híbrido, o Song Plus, a partir do segundo semestre de 2024. O investimento inicial é de R$ 3 bilhões e a meta é fabricar 150 mil unidades por ano a partir de 2025.
Além da BYD, outras fabricantes também estão buscando produzir carros elétricos no Brasil. A GWM comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (São Paulo) e pretende nacionalizar o SUV híbrido Haval H6. Esses investimentos na produção local podem ser uma estratégia para contornar o impacto do imposto de importação e reduzir os preços dos carros elétricos.
Carros elétricos no Brasil em 2024 enfrentam desafios além do imposto de importação, como a escassez de postos de carregamento e a limitação na autonomia das baterias, preocupando proprietários quanto à praticidade e viagens prolongadas.
Desse modo, para superar esses desafios, é necessário investir na expansão da infraestrutura de carregamento, com a instalação de mais postos de carregamento rápido e de carregamento em locais de estacionamento público. Além disso, é importante continuar avançando na tecnologia das baterias, buscando aumentar a autonomia e reduzir o tempo de recarga dos veículos elétricos.
Portanto, apesar dos desafios, os carros elétricos desempenham um papel importante na sustentabilidade e na descarbonização da frota brasileira. Ao substituir os veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos elétricos, é possível reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade do ar nas cidades.
De fato, o Brasil, com vasto potencial em energia solar e eólica, torna carros elétricos opção sustentável. Riqueza em recursos como lítio, crucial para baterias, pode impulsionar indústria nacional e beneficiar a economia.
Em resumo, os carros elétricos no Brasil em 2024 enfrentam desafios significativos com a volta do imposto de importação. As fabricantes terão que se adaptar a esse novo cenário, buscando formas de reduzir os preços dos veículos e aumentar a produção local.
Além disso, é necessário investir na expansão da infraestrutura de carregamento e no avanço da tecnologia das baterias para tornar os carros elétricos mais acessíveis e atrativos aos consumidores brasileiros. Apesar dos desafios, os carros elétricos desempenham um papel fundamental na sustentabilidade e na descarbonização da frota brasileira, contribuindo para um futuro mais limpo e sustentável.
